Rascunho do Mundo 11

11.1 Bênçãos Iniciais

Não pegar uma lanterna ou o Sol, mas pedir à Henriqueta Lisboa uma estrela para iluminar o seu caminho.

Nietzsche ensinando que a dor dos que sofrem atinge a todos nós, nos isolando da alegria da vida.

11.2 Estudos do Dia

Na prática Jerusalém tem status internacional, turistas, estudiosos e os que sabem se comportar; mas acho que a ONU podia declarar novamente que ela tem status internacional. Iria aumentar o prestígio da ONU nesse momento de tensão no Oriente Médio. Os organismos internacionais poucas vezes tiveram um prestígio tão enfraquecido como nos último anos com essa Guerra Rússia-Ucrânia e ataques a Israel e à Faixa de Gaza. Isso é muito perigoso a médio e longo prazo. Ou a curto prazo mesmo. Difícil prever o futuro. Humildade é a primeira coisa que a Professora História ensina. Antes da esperança.

“ “A primeira grande história do país lançada no século 20 foi obra de José Francisco da Rocha Pombo (1857-1933), que em 1906 lançou o primeiro dos dez volumes da sua abrangente, além de esmerada e graciosa, “História do Brasil”. Rocha Pombo morreu na penúria – e o mesmo destino foi reservado à sua obra (editada apenas em edição escolar, em um só volume).”

[Eduardo Bueno em sua “História do Brasil” {1997, Folha da Manhã e Zero Hora/RBS Jornal. Segunda edição.}.]

José Francisco da Rocha Pombo

HISTORIA DO BRAZIL

(Illustrada)

[1905, Rio de Janeiro, J. Fonseca Saraiva – Editor. “Typ. a vapor da Êmpresa Literaria e Typographica, 178, Rua de D. Pedro 184 – Porto”.]

O volume que a biblioteca comunitária ganhou tem uma dedicatória. A autoria não consegui decifrar, mas toda a outra parte da dedicatória eu consegui e vou reproduzir aqui:

“Com um abraço

pelo dia de hoje, esperando que esta leitura lhe proporcione tantos momentos de prazer como eu desejo.”

(Nome ilegível. Primeiramente parece “Luiz”, mas tem tantas ondas que podem “esconder” tanto um “u”, ou “m” ou “n”… Eu realmente não sei decifrar. É romântico um mistério assim, mas, na verdade, eu fiquei foi é aborrecido com a situação.)

“B. Horizonte. 11. janeiro 939”

(Belo Horizonte, 11 de janeiro de 1939.)

São 68 capítulos, então teremos aqui 68 postagens. O plano do trem é esse:

Primeiro volume: 12 capítulos.

Segundo volume: 6 capítulos.

Terceiro volume: 9 capítulos.

Quarto e quinto volumes (eles são “irmãos”): 6 capítulos no total.

Sexto volume: 6 capítulos.

Sétimo volume: 9 capítulos.

Oitavo e nono volumes (eles são “irmãos”): 6 capítulos no total.

Décimo volume (o último): 14 capítulos.

A primeira postagens será: introdução + primeiro capítulo.

Acho que coloquei o prefácio como capítulo e estou com preguiça de explicar porque aqueles pares de volumes são “irmãos”. Quero logo logo começar aqui o meu diário-resenha-crítica de um livro tão tão especial. Fazendo uma pesquisa pela internet descobri uma avaliação negativa de autoria do gigantesco Capistrano de Abreu (“talvez o maior historiador brasileiro de todos os tempos”, palavras do já citado Eduardo Bueno no seu já citado aqui História do Brasil.). Para Capistrano o Rocha Pombo é legal, mas meio ingênuo diante dos livros e documentos em que ele pesquisou. Faltou aquele nível de ceticismo que todas as pesquisadoras e pesquisadores precisam. Bom bom, vou ficar atento. Vamos ficar atentos. Então, leitoras e leitores; podemos começar?

A edição é de1905. Dez volumes. Uma história do Brasil. Um livro e um autor injustiçado. Uau! Uau! O trem aqui promete. Pelo sorriso da Kalki Koechlin pelo sorriso da Kristy Marlana Wallace! O trem aqui promete!

Ah, não vou conseguir descrever a lombada, a capa e aquelas folhas internas laranjas… E o cheiro então? Cara, o livro foi impresso numa máquina a vapor em Portugal há 117 anos! Folheando os volumes vejo que o Rocha Pombo é do meu time: tem várias notas de rodapé de deixar a Bíblia de Jerusalém com ciúmes. Notas de rodapé tão grandes que ocupam várias páginas…

Mas enfim… Capa dura, lombada em verde-escuro e alto-relevo, a capa com um desenho que parece tintas guache coloridas jogadas num copo d´água… Esse tipo de capa eu já vi em alguns volumes antigos. Imagino que na época isso devia ser bem moderno. Ter na capa esse caleidoscópio de cores. Mas ainda hoje, 2022, o efeito também é sentido.

Chega de enrolação. Vamos logo”

(Escrevi o texto acima em 2022. Adivinhe se eu só voltei a ler o livro hoje, 13 de abril de 2024? Reparem que nem ponto final tem depois do “logo”.)

Enfim… A primeira parte da introdução, nem toda a introdução inteira… Fé no progresso humano, fé de que o estudo da história poderá ter a dignidade das mais úteis ciências, citando a modernidade do telégrafo e bondes. “Admittiriam” (risos). Uau!

11.3 Arquivo Mágico

A Escola Municipal Oswaldo Cruz era uma escola violenta, tinha problemas; aí resolveram enfrentar as dificuldades. Deu certo. Agora é a fase de manter e progredir. Quatro ocorrências policiais por dia? Uau! Caramba! A mudança começou em 2003. Limpar a nossa casa. O prédio da Escola Municipal Oswaldo Cruz foi reformado. Foi colocado equipamentos de segurança, ao mesmo tempo em que as atividades extracurriculares começaram a acontecer na escola atraindo a comunidade ao redor. Programas em parceria com AfroReggae, Polícia Militar, diversas ONGs e etc.. Para os alunos se sentirem melhor quanto ao próprio futuro, idas ao teatro, cinemas… Uma pequena rádio com alunos para tocar músicas durante o recreio pode parecer coisa pouca, mas é mais uma evidência para os alunos de que eles podem participar do dia-a-dia da sua escola. Programa Escola Aberta, um programa consagrado. Como está a diretora Luciana Maria de Oliveira hoje? Eu me lembro de um artigo do Gustavo Ioshpe dizendo que as diretoras e diretores dos colégios são personagens fundamentais na hora de melhorar a educação e o pessoal costuma esquecer-se deles. Achei essa informação curiosa.

(“Violência é expulsa”, reportagem de Ernesto Braga para o jornal… Óps, o recorte não informa. Ah, Aldrin… Pela diagramação eu acho que é o Hoje em Dia. A data eu anotei: 31 de março de 2006.)

11.4 Aventuras

Bom dia. Café da manhã temperado por um morcego que entrava e saía da casa. Coitado (ou coitada), ele devia estar perdido ou incomodado. Ficou neste vai e vem mais ou menos meia hora. Eu fiquei com medo. A sua habilidade em voar é impressionante. Mesmo em um espaço pequeno ele conseguia ir a todos os pontos sem encostar. Seu corpo era médio, praticamente um caderno escolar aberto.

Civilizações mediterrâneas foram a hebraica, cretense, fenícia, etrusca, grega e romana. Comércio e marinha ao lado do Mar Mediterrâneo e não, como outras civilizações, ligados por um rio. Mais nomes lendários: Israel, Ur e Gedeão. A Bíblia começa a ser escrita durante a fuga dos judeus do Egito. Mais um motivo para ler Heródoto. Os fenícios nos dão de presente o alfabeto com 22 letras consonantais, para facilitar o modo curioso deles de fazer comércio.

11.5 Maior que a Tristeza

Piauí. Dois terços da população vive em área urbana. Natalidade 24/1000 (a do Brasil é 20). Um médico para 2000 habitantes (Brasil a média é 800); isto situação grave. 200 vezes mais rodovias do que ferrovias. Cinco emissoras de televisão. Muito abacate, muito caulim e muito bovinos. Na educação muita gente desiste entre o primeiro e o segundo grau. Houve um grande crescimento populacional nos anos de 1970 e nos anos de 1980. [Nova Enciclopédia Barsa, 1996-2002]

Antigua e Barbuda. Nome engraçado para um país. Gostei. Nome é “culpa” de uma igreja católica lá da Espanha. Colonização explica. Podemos chamar a capital de São João (Saint John´s)? 60% da população vivem em área urbana. 80 mil pessoas. População jovem ou idosa? Difícil dizer, pois há uma igualdade incrível entre as faixas etárias. Nove mil dólares per capita, o dobro do Brasil. Igual à média do mundo é sua natalidade. Muitos problemas mortais do coração. Muita manga também. [Nova Enciclopédia Barsa, 1996-2002]

11.6 O Beijo da Coruja

Me sentindo meio Kaspar Hauser, meio homem-lobo indiano. Já ouviram falar em Amala e Kamala? Década de 1920 e as duas irmãs foram “só” o caso mais famoso e não o único da Índia. Não choravam ou riam, sendo que Kamala só foi chorar pela primeira vez quando a irmã encantou-se. Chorar eu choro, rio eu rio menos; mas viver mesmo só por meio dos livros e música. Salvação pela arte, formação humanista. É muito, me salvou; mas também é pouco. Preciso de mais humanidades: gente, falar e trabalhar. Ainda há esperança na fotografia? Lembro-me de quando eu gostava de brincar com o scanner, quando a época do primeiro computador nosso. Pena ter perdido todas as fotomontagens.

11.7 A Gaia Dieta

Falta Amor no Oriente Médio e eu não terminei As Ilusões Armadas, do Elio Gaspari. Isso para o nosso 14 de abril de 2024?

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